sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Vou viajar... deixo a mais nova cria...


Peito fossilífero

O que nunca tive
não haverei de (t)ser
apenas de tempos em tempos
cismo em aplaudir em pé,
recostada em minhas costelas,
o que é produzido no aberto peito
enquanto o centro ritmico,
ressupinado, desfaz-se.

Onde antes
eram câmaras e atrios
amplos e suculentos,
encontram-se
confrangidos embaraçados
de fibras irreparáveis
e inseparáveis
afogadas sob a onda
hemorragica dolorida
convicção renhida
do que não (se)terei.

Cinzas (hemo)líticas
obscurecidas
fincam bases onde antes
campos férteis expadiam-se
a cada inspirada
em um corpo de menina
rosicler, fácies e aspirações,
toda coração.



15/02/08 12:54

3 comentários:

André Renato disse...

Nervoso! Os nervos que conduzem as reações do corpo e da alma... corpo e alma misturados e confundidos: uma alma formada de vísceras e um corpo formado de emoções. Misturas assim ficam muito bem em poesia... Valeu!

Postmaster disse...

Viajar pelo jeito também vou. E uma viagem, tb pelo jeito, com volta nem tão breve. A ver os próximos capítulos...

Everaldo Ygor disse...

Olá!
Viagem intensa de poesia hemorragica...
E o tempo - aspirando o coração...
E a cada inspirada, nova viagem...
Parabéns!
Boa Estrada!
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/
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