domingo, 13 de abril de 2008

Espião entre dedos





Espião entre dedos


Ser amado é embaraçoso.
A fuga é o lugar vulgar
por trás das mãos
espalmadas no rosto barbudo.

Vou dormir num
travesseiro de vermes
que se interessam,
visceralmente,
por mim ainda que
cabelos e unhas cresçam,
desordenadamente,
em ritmo de eternidade.

Ao final
- desconstruindo -
presente ainda estarão,
rastejantes entre os
resquícios carbônicos,
meus bravos e fiéis amantes
derradeiros.

O ser amado é embaraçoso.

14/04/08 01:25am

5 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo blog, estou adicionando-o.
Abraço!

Débora Hégedus disse...

Opa, obrigada!

Anônimo disse...

Enviei um convite do MEME para você no meu blog.
Beijo!

Unknown disse...

Ola!!
putz, anotei as dicas de semana passada! caraca, como vc consegue ver tanto filme? hehehe
confio no seu bom gosto!
po, descobri um blog otimo pra metal, se quiser conferir, http://mmfore.blogspot.com/

Beijo!

André Renato disse...

Belo poema! Meio Drummond, meio Bandeira, meio Clarice, meio Cecília, com um toque de Augusto dos Anjos... É legal encontrar a sua própria voz no meio de tantas, e é difícil também... Um dia chego lá... rsrsrs