
Ser amado é embaraçoso.
A fuga é o lugar vulgar
por trás das mãos
espalmadas no rosto barbudo.
Vou dormir num
travesseiro de vermes
que se interessam,
visceralmente,
por mim ainda que
cabelos e unhas cresçam,
desordenadamente,
em ritmo de eternidade.
Ao final
- desconstruindo -
presente ainda estarão,
rastejantes entre os
resquícios carbônicos,
meus bravos e fiéis amantes
derradeiros.
O ser amado é embaraçoso.
14/04/08 01:25am
Tinha esquecido desta poesia. Aliás, nem me lembro das minhas poesias. Provavelmente porque reverberam forte quando as releio pois nunca são passado, sempre são presente e escuras promessas de futuro. Não dá pra negar e não aceitar os fatos.
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